Muitas pessoas nem desconfiam, mas o processo de confecção de uma faca artesanal é lento e bastante trabalhoso. O processo se inicia com a escolha da matéria-prima, que precisa ser de alta qualidade para garantir um produto final superior.
Além disso, o cuteleiro – como é chamado o profissional especializado neste trabalho – também precisa definir qual técnica utilizará para a forja. Em seguida, dá-se início ao processo que molda e dá forma à faca em si, atividade que é realizada geralmente com o uso de um martelo e uma bigorna.
Esta etapa é uma das mais lentas e difíceis, já que o profissional precisa trabalhar o aço, puxar a lâmina e alinhar até que fique no formato desejado. Depois, é preciso utilizar uma técnica chamada estrangulamento, que aperta o aço para a formação da espiga. É neste momento que se dá início ao primeiro tratamento térmico da peça, a chamada normalização.
Após essa etapa, é preciso aguardar até que o aço volte à temperatura ambiente e só então se inicia a fase de usinagem. Neste momento, são utilizados equipamentos como a lixadeira, por exemplo.
Aqui a faca já começa a ter o aspecto de um produto pronto, mas ainda está longe de ser finalizada. A faca será desbastada até ficar bem fina e passará pelo seu segundo e terceiro tratamento térmico no qual acontece o revenimento, que é a última transformação que o aço da faca artesanal irá passar. Esta etapa tem como objetivo retirar imperfeições e aumentar a resistência do material.
Finalmente chega a hora de trabalhar no acabamento da faca artesanal, que é feito de tal forma para garantir uma verdadeira assinatura do processo. A lâmina é lixada mais uma vez, o cabo e a guarda são instalados e fixados, e por último a faca ainda recebe um polimento especial.
Todo este processo de confecção de uma faca artesanal pode levar até 6 dias e cada peça produzida possui características exclusivas. Por isso, as facas artesanais têm ganhado cada vez mais espaço e se tornado o sonho de consumo de entusiastas espalhados por todo o mundo.